27 de maio de 2011 2 comentários

"Alerta à Nação Brasileira" - Por Pr. Paschoal Piragine Jr.

Um dos papeis da Igreja na sociedade é ser uma consciência profética capaz de ajudar a cada ser humano (entendido como um indivíduo livre e competente diante de Deus e dos homens, vivendo em uma sociedade pluralista) a discernir valores essenciais que norteiam os relacionamentos em todas as suas dimensões.

É nesse contexto que os batistas – integrantes de uma denominação cristã que, ao longo de toda a sua história, defende a liberdade religiosa, de consciência e de expressão – se manifestam para alertar sobre os perigos que a sociedade brasileira corre diante das novas conjunturas sociais aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que estão sendo propaladas por leis que tramitam no Congresso Nacional e por ações promovidas pelo Executivo.

Assim, alertamos para o perigo:

• De construir uma sociedade em que a legalidade pode ser estabelecida pelos interesses políticos e inclinações pessoais, como ocorreu no caso da releitura contraditória feita pelo STF do artigo 226 da Constituição Federal. O artigo diz:

“Art 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(...)
§3o – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§4o – Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§5o – Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Quando uma casa que tem como principal missão defender a Constituição a rasga, corremos o perigo de viver um Estado jurídico de exceção, ao qual a nação brasileira não deseja retroceder.

• De destruir o conceito de família (que não é só cristão, mas universal e multicultural) para reconstruí-lo sob a égide somente da afetividade e não em toda a dimensão de suas funcionalidades como base da sociedade.
• De criar uma sociedade em que os valores essenciais são relativizados, pois onde tudo é relativo nada sobra para apoiar os alicerces do nosso futuro.
• De viver em uma sociedade que abandona os valores divinos revelados nas Escrituras Sagradas, pois a História, desde os tempos bíblicos, têm demonstrado que sociedades que abandonaram os valores mais elementares implodiram por perderem os seus pilares sustentadores – ainda que tenham sido, em algum momento, grandes potências no contexto universal.

Tais atitudes nada mais são do que a iniqüidade institucionalizada. Assim, conclamamos a sociedade brasileira a continuar mostrando que existem opiniões divergentes. Sem discriminação e com respeito a cada indivíduo, tais manifestações visam a defesa de valores pessoais e sociais, com integridade. Somente quando todos os segmentos da sociedade se expressam é que as forças políticas de nossa nação se sensibilizam para obviedade dos valores essenciais, como no caso recente da decisão de nossa presidente, Dilma Rousseff, ao impedir a distribuição do chamado “kit contr
a a homofobia ” nas escolas públicas.

Curitiba, 27 de maio de 2011

Pr. Paschoal Piragine Jr.
Presidente da Convenção Batista Brasileira.

Fonte:

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Congresso Vocacionados 2011

Se você é um vocacionado não deixe de participar do Congresso de Vocacionados 2011!
Uma parceria OPBB Fluminense, Junta de Missões Nacionais e Junta de Missões Mundiais.

Maiores informações no site da Ordem dos Pastores Batistas - Seção Fluminense: http://www.pastoresbatistas.com.br


25 de maio de 2011 0 comentários

O Filho do Marceneiro

Ontem recebi um e-mail do meu pai que me emocionou muito. Uma história linda e real. Prova de que ainda existem homens cheios de integridade, verdade e compromisso ocupando altos cargos neste Brasil! Leia o relato abaixo e seja abençoado:


Bonita decisão

Decisão do desembargador José Luiz Palma Bisson, do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida num Recurso de Agravo de Instrumento ajuizado contra despacho de um Magistrado da cidade de Marília (SP), que negou os benefícios da Justiça Gratuita a um menor, filho de um marceneiro que morreu depois de ser atropelado por uma motocicleta. O menor ajuizou uma ação de indenização contra o causador do acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos morais decorrentes do falecimento do pai.

Por não ter condições financeiras para pagar custas do processo o menor pediu a gratuidade prevista na Lei 1060/50. O Juiz, no entanto, negou-lhe o direito dizendo não ter apresentado prova de pobreza e, também, por estar representado no processo por "advogado particular".

A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a partir do voto do desembargador Palma Bisson é daquelas que merecem ser comentadas, guardadas e relidas diariamente por todos os que militam no Judiciário.

Transcrevo a íntegra do voto:

“É o relatório. Que sorte a sua, menino, depois do azar de perder o pai e ter sido vitimado por um filho de coração duro - ou sem ele -, com o indeferimento da gratuidade que você perseguia. Um dedo de sorte apenas, é verdade, mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor, perversa por natureza, não costuma proporcionar. Fez caber a mim, com efeito, filho de marceneiro como você, a missão de reavaliar a sua fortuna.

Aquela para mim maior, aliás, pelo meu pai - por Deus ainda vivente e trabalhador - legada, olha-me agora. É uma plaina manual feita por ele em paubrasil, e que, aparentemente enfeitando o meu gabinete de trabalho, a rigor diuturnamente avisa quem sou, de onde vim e com que cuidado extremo, cuidado de artesão marceneiro, devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de autos processuais, tantos são os que nestes vêem apenas papel repetido. É uma plaina que faz lembrar, sobretudo, meus caros dias de menino, em que trabalhei com meu pai e tantos outros marceneiros como ele, derretendo cola coqueiro - que nem existe mais - num velho fogão a gravetos que nunca faltavam na oficina de marcenaria em que cresci; fogão cheiroso da queima da madeira e do pão com manteiga, ali tostado no paralelo da faina menina.

Desde esses dias, que você menino desafortunadamente não terá, eu hauri a certeza de que os marceneiros não são ricos não, de dinheiro ao menos. São os marceneiros nesta Terra até hoje, menino saiba, como aquele José, pai do menino Deus, que até o julgador singular deveria saber quem é.

O seu pai, menino, desses marceneiros era. Foi atropelado na volta a pé do trabalho, o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado, já é sinal de pobreza bastante. E se tornava para descansar em casa posta no Conjunto Habitacional Monte Castelo, no castelo somente em nome habitava, sinal de pobreza exuberante.

Claro como a luz, igualmente, é o fato de que você, menino, no pedir pensão de apenas um salário mínimo, pede não mais que para comer.

Logo, para quem quer e consegue ver nas aplainadas entrelinhas da sua vida, o que você nela tem de sobra, menino, é a fome não saciada dos pobres.

Por conseguinte um deles é, e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez, nem por estar contando com defensor particular. O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente; antes e ao revés a nele divisar um gesto de pureza do causídico. Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando advogava, em troca quase sempre de nada, ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia d'água, de um prato de alvas balas de coco, verba honorária em riqueza jamais superada pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou.

Ademais, onde está escrito que pobre que se preza deve procurar somente os advogados dos pobres para defendê-lo? Quiçá no livro grosso dos preconceitos...

Enfim, menino, tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade, em razão da pobreza que, no seu caso, grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir.

Fica este seu agravo de instrumento então provido; mantida fica, agora com ares de definitiva, a antecipação da tutela recursal.

É como marceneiro que voto.

JOSÉ LUIZ PALMA BISSON - Relator Sorteado”


"São de julgadores como este, tão ímpares nos dias de hoje, é que temos que acreditar que ainda há instrumentos utilizados por Deus que militam para que se promova a justiça terrena. Não há com o não enaltecer tão nobre julgador que não perdeu sua essência, dignificando tão importante missão conferida por Deus a ele. Impossível não ser tocada emocionalmente com fatos como este, que nos leva a refletir sobre os problemas que afetam nossos jurisdicionados, em detrimento das burocracias a que nós mesmos nos impomos." (Funcionária do TJRJ que vinculou o e-mail)

19 de maio de 2011 3 comentários

Você sabe quem são os povos não alcançados? #Missões002

“Povos Não-Alcançados” é um termo que começou a ser usado com mais intensidade na Missiologia moderna na última parte do século 20. É uma referência para designar povos, nações ou áreas geográficas do mundo com pouca densidade ou influência cristã e evangélica. Em outras palavras, são áreas do mundo que compreendem povos, idiomas, culturas e tradições, onde o Evangelho ainda não chegou e a Igreja não existe. Estes grupos humanos e etnias são chamados de povos não-alcançados. Portanto, o Natal e a Páscoa não são celebrados porque discípulos não comunicaram o Evangelho entre eles. Clamam pelo envio de missionários biblicamente treinados e devidamente contextualizados, a fim de que a Igreja e a esperança em Cristo se tornem uma realidade no meio deles. Esse é o plano de Cristo conforme Mateus 24.14 e Atos 1.8.

Povos não-alcançados – um desafio

Segundo pesquisas apresentadas por especialistas no Congresso de Lausanne, realizado em 1974, na Suíça, um marco extraordinário do cristianismo mundial, naquela época, eram cerca de 16 mil povos do mundo ainda sem nenhum contato com o Evangelho. A evangelização se intensificou a partir de então e em Lausanne II, em 1989, em Manila, nas Filipinas, o número de povos não-alcançados caiu para 8 mil. Segundo a Missiologia atual, hoje existem pouco mais de 2.200 grupos étnicos sem a presença cristã e cerca de 4 mil povos sem uma evangelização forte para alcançar a sua própria etnia. Estes clamam pela ação missionária do discípulo de Cristo e da Igreja. Jesus mandou fazer discípulos de todas as nações. As etnias são mosaicos da criação de Deus e não uma anomalia do plano de Deus.

Oswald Smith, um grande estudioso de missões, no início do século 20 foi pastor da Igreja dos Povos em Toronto, no Canadá. Sua igreja sustentou mais de 300 missionários no mundo. Ele conta, em um dos seus livros, uma história interessante. Suponha, diz ele, que você tenha convidado muitas pessoas para a sua festa de aniversário. A alegria é intensa entre os presentes.

Chegou a hora de cortar o bolo. Os pedaços do bolo são colocados nas bandejas e os garçons começam a distribuí-los. As pessoas que estão na frente comem o primeiro pedaço e, também, o segundo pedaço. Alguns até três pedaços. Suponha que o bolo acabe. As pessoas do meio e de trás nem sequer experimentaram um pedacinho. Ninguém se preocupou em distribuir para todos primeiramente. Imagine que você é o aniversariante. Estaria contente? È justo? Assim, da mesma forma, há pessoas que ouvem o evangelho uma, duas ou mais vezes. Há outras, porém, que nem sequer ouviram uma só vez. É justo? Existem povos e regiões do mundo assim.

Uma outra expressão muito usada, chamando a atenção da Igreja paramaior mobilização em oração e ação missionária, é a Janela 10/40. É uma referência ao mundo budista, hinduísta e islâmico com pouca ou nenhuma presença cristã. São autênticos “cinturões” de resistência. E o desafio muçulmano naquela região é gigantesco. São cerca de 42 países de maioria islâmica localizados no Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia. Na Europa ocidental existem mais de 15 milhões de muçulmanos e a maioria é não-alcançada. Sim, eles também precisam da graça do Pai!

Povos não-alcançados – uma prioridade

O livro de Romanos pode ser considerado um tratado missionário. É o livro que contém os pressupostos bíblicos e missionários de Paulo. Ele queria deixar o Oriente e levar o Reino de Deus ao Ocidente (Rm 15.23-24). Sua estratégia para concretizar este objetivo envolvia a igreja em Roma. Como era a capital do Império à época, portanto, um lugar estratégico, Roma era o centro do mundo cultural e político. Paulo percebeu que a igreja poderia ser um centro de apoio muito importante para o avanço do Reino no Ocidente. Ele fez uma exposição teológica do plano e missão de Deus a fim de conseguir o envolvimento missionário da igreja. Após essa elaboração, Paulo fala de suas intenções missionárias. Seu ministério no Oriente terminara (15.17-23) e o alvo agora era a Península Ibérica (15.24). Tencionava passar pela igreja em Roma, ter momentos de comunhão e edificação com ela e, também, desafiá-la para o envolvimento na extensão do Reino de Deus. Naquela altura, a spanha era a região mais recôndita do mundo.

Paulo declara aos crentes de Roma, então, que sua presença não era mais necessária (Rm 15.23). Porém, o pano de fundo dessa afirmação era o objetivo que ele tinha em mente: evangelizar grupos étnicos sem a presença cristã (Rm 15.20-21). Apesar de ainda haver necessidade da pregação do Evangelho para alcançar mais pessoas, de organizar mais igrejas e de preparar mais discípulos em Roma, Paulo prioriza missões em áreas não-alcançadas, isto é, anunciar as Boas-novas onde Cristo não houvera sido anunciado.

Em Romanos 1.16-17 Paulo apresenta a definição do Evangelho, sua natureza e universalidade. A mensagem é para todos: judeus, gregos, bárbaros, sábios e ignorantes, e a salvação é para “todo aquele que crê”. No capítulo 10.14-15, ele é mais enfático quando pergunta: “Como crerão naquele de quem não ouviram falar?”. Em Romanos 3.21-31 afirma que apenas a fé em Cristo pode salvar o homem do pecado. Deus revelou a sua justiça “pela fé em Jesus Cristo para todos os que creem” (3.22). Note-se que a justiça vem de Deus e é para “os que creem”. Entende- se “justiça” aqui não como a natureza de Deus, nem a qualidade moral do ser humano, mas o meio divino para a salvação do homem (3.25).

Já que a consciência, a natureza (gentios) e a lei (judeus) se tornaram impotentes para salvar o homem, o único meio possível no plano divino é pela fé em Cristo. Como o ser humano pode responder sem ouvir? Não há nenhuma possibilidade de salvação sem o Evangelho. O caminho de Deus para a salvação chegou até nós pela revelação e precisa ser anunciada (Rm 10.8-17, 16.25-26).

O que isso tem a ver com você e sua igreja?

O livro de Romanos demonstra como teologia e missão, fé e vida, convicção e missão andavam juntas em Paulo. Por isso, a Espanha precisava ser evangelizada (Rm 16.25-27). O apóstolo tinha uma consciência clara e profunda de história e de seu tempo, acerca da hora e do lugar onde começar, fronteiras a conquistar e filosofia a nortear o ministério. O capítulo 15.19 fala sobre a hora, o lugar e as fronteiras a conquistar. Em Romanos 15.20-21, Paulo testifica da filosofia que norteava o seu ministério e sua vida. Tinha prazos para sair (vs. 23 e 24). As expressões “Passa a Macedônia e ajuda-nos” e “confins da terra” dão-nos várias implicações missionárias para a Igreja no século 21. Quais as áreas não evangelizadas e não alcançadas hoje? O que a sua igreja pode fazer por elas?

O slogan usado por William Carey, o Pai das Missões Modernas, “Espere grandes coisas de Deus; faça grandes coisas para Deus”, ainda é tão relevante e desafiador hoje como foi há 250 anos. Portanto, seja um instrumento para viabilizar o plano do Deus na Janela 10/40, no mundo islâmico etc. Sim, os muçulmanos e os não-alcançados precisam da graça do Pai. O Senhor nos chama para ser Seus instrumentos da criação e redenção em Cristo. Jesus disse: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24.14). Deixar os não-alcançados sem o Evangelho do Reino, como é o caso das tribos indígenas, os sertões do Nordeste brasileiro, o mundo budista, hinduísta e islâmico, é uma agressão ao plano mundial de Deus e uma violência à nossa vocação e missão. Mais de 2000 anos já se passaram. Até quando?

*Texto extraído do site da Junta de Missões Mundias (www.jmm.org.br)
18 de maio de 2011 2 comentários

História da Formação do Islamismo #Missões001

Esta semana, postarei alguns artigos interessantes para celebrarmos o encerramento da Campanha de Missões Mundiais neste ano de 2011.
Este, "História da Formação do Islamismo", foi extraído do site oficial da campanha.

Porque ELES TAMBÉM PRECISAM DA GRAÇA DO PAI!


História da formação do Islamismo

Não é possível separar o islamismo do seu fundador, Maomé.Por isso, para conhecer melhor o contexto histórico inicial da formação e pensamentos da religião islâmica, é preciso remontar ao nascimento e a vida de seu maior ícone e profeta.

Maomé, ou Mohammed, como preferem chamar os muçulmanos, nasceu em 570 d.C., em Meca, na Arábia Saudita. Seu nome significa “o que é louvado”. Seu pai, Abdula, era comerciante e morreu em uma viagem de negócios, durante a gravidez de sua esposa, Amina. Como Maomé não conheceu seu pai biológico, foi criado por seu avô paterno, conforme tradição das tribos árabes, também chamado Abdula. Porém, aos seis anos de idade perde sua mãe, e dois anos depois seu avô paterno. Com isso, um tio de nome Abutalib, um homem muito pobre e com muitos filhos, o recolhe para criá-lo. Aos 12 anos já trabalhava como pastor e sua infância foi miserável. Sentia-se amaldiçoado pelos deuses que tanto idolatrava. Desde cedo, Maomé fazia muitos questionamentos sobre religião e fé.

Todos os anos, após atingir a maioridade, participava da Feira de Suque Ukaz, evento importante para as tribos árabes e que era marcado por um período de longo jejum (especula-se que este seja os primórdios do Ramadã). Durante cerca de três meses era estipulado um pacto de não-agressão entre as tribos, possibilitando as viagens das caravanas de comércio. Era comum ver Maomé, então com 24 anos, expor as diversas doutrinas religiosas dos árabes nas reuniões, além de citar trechos da fé cristã e do judaísmo. Era muito inteligente, meditador, possuidor de uma boa memória e orador nato. Conseguiu um emprego de mercador com uma viúva rica, chamada Khadija, que se tornou sua esposa. O casamento foi um escândalo pra época devido à diferença de 16 anos entre eles.

As revelações de Maomé

As primeiras revelações que Maomé teve aconteceram no ano 610 d.C.. Maomé, então com 40 anos, e incentivado principalmente por sua esposa, meditava diariamente nas cavernas do Monte Hira, em Meca. Subitamente ouviu uma voz, de um anjo que identificou-se como Gabriel, ordenando-lhe copiar a revelação vinda da parte de Alá (termo árabe para Deus). Atônito com a visão que acabara de ter, imaginando ter sido de um espírito maligno, fugiu. Ao regressar para casa, contou o ocorrido à esposa, que o acolheu como um profeta.

Parte da família de Khadija era composta de judeus e cristãos. Ela procurou um velho tio, com mais de 80 anos e praticamente cego, chamado Waraq Ibn Nawfal. Aquele homem era um líder cristão na tribo em que viviam e havia traduzido para o árabe algumas partes do Novo Testamento. Ao ouvir o relato de Khadija sobre a visão de seu marido, Waraq entendeu que Maomé provavelmente estava recebendo a mesma comissão de Moisés e Jesus.

Ao voltar para casa, pronta para contar o que ouviu do tio, encontrou seu marido recitando trechos que enalteciam a Alá, e ela o declarou profeta e a si mesma como sua primeira discípula. Logo após este episódio, outros transes aconteceram e Maomé viu-se pressionado por Khadija, a quem queria muito agradar. Tal pressão levou-o a tentar o suicídio, mas não o consumou, pois teve um novo transe, durante o qual recebeu outro texto em revelação. Este evento foi determinante e fez com que Khadija dedicasse todos os seus bens à nova religião.

Ele começou pregando em secreto e sua mensagem era simples, consistindo na proclamação de um só deus e de si próprio como seu último profeta; anunciava a justiça de Alá e apresentava o Alcorão como um milagre, em resposta à exigência do povo por sinais. Formou uma comunidade que foi crescendo a cada dia, e que, por seguirem seus ensinamentos monoteístas, foram perseguidos e orientados a se exilarem na Abissínia, cujo governador era um cristão. Ao condenar os ídolos das tribos árabes à época, Maomé não apenas contrariou interesses religiosos, mas também econômicos. Os líderes tribais fizeram-lhe várias ofertas para que, em sua proposta, Alá aceitasse a intercessão daqueles deuses. Entretanto, ao consultar Gabriel, Maomé ouviu que os deuses eram manifestações satânicas e que não havia possibilidade de unir tais crenças – o que gerou os primeiros conflitos com o povo de Meca.

O islã se expande

Com o problema em Meca, inclusive com sua morte sendo planejada, Maomé parte em peregrinação pelo deserto. Aos 53 anos, sua esposa morre e ele se casa com Aisha, uma criança de 6 anos. Porém, o casamento só poderia ser consumado três anos depois. Também casou-se com Saida, viúva de um seguidor. No total, Maomé possuiu nove mulheres, mas nenhuma delas lhe deu um filho, apenas filhas. Sua descendência propagou-se através de Fátima, filha que teve com Khadija. Esta casou-se com Ali, seu primo e teve 2 filhos: Hassan e Hussein.

Sentindo-se desamparado pela morte da esposa, Maomé fugiu, juntamente com os demais seguidores, chamados de muçulmanos, para a cidade de Yathrib, à qual deu o nome de Medina, ou “a cidade do Profeta”. Naquela cidade ele firmou o Pacto de Ákaba, com 72 homens e três mulheres, e nomeou 12 líderes dentre tribos, dos quais Maomé exigiu uma fidelidade absoluta, que ultrapassava a cultivada fidelidade tribal e familiar, vindo a tornar-se um forte líder político-religioso e legislador.

Tentando tornar-se simpático aos judeus da cidade, visando atraí-los a si, ficou cerca de 17 a 19 meses orando voltado para Jerusalém, introduziu o jejum do Dia da Expiação e envolveu Abraão em sua religião, mas não foi aceito como profeta. Por isso, elaborou a Constituição de Medina, que ainda é respeitada, reconhecendo todos livres, mas apenas para que os judeus e cristãos assim permanecessem, proibindo a conversão de muçulmanos, e declarou o povo de Meca como inimigos. Desde então, a liberdade religiosa do islamismo é um sistema de mão única.

Com seu poder político aumentando, Maomé ordenou o saque às caravanas e que eram feitos mesmo nos meses de paz, equivalendo a uma declaração de guerra contra Meca. O líder de uma das caravanas que seria saqueada, pressentindo o ataque, pediu ajuda a Meca, que enviou reforços. No entanto, para estimular seus seguidores, Maomé disse que recebera uma revelação afirmando que a guerra era de Alá, o qual compensaria àqueles que dela participassem, e, de forma especial, principalmente os que nela morressem. O prêmio seria um lugar especial no paraíso, com comidas, mulheres virgens (e que assim permanecerão) com cabelos longos até os joelhos e cílios longuíssimos, além de rios de mel, águas vivas, leite, qualquer tipo de fruta ou carne etc.

A tomada de Meca

E foi assim que os 300 seguidores de Maomé conseguiram vencer os 1.000 homens de Meca na Batalha de Badr (março de 624 d.C.), embora na seguinte, a Batalha de Khandaq, em março de 625, eles tenham sido parcialmente derrotados. Maomé, que foi ferido na luta, acusou seus seguidores de infidelidade a Alá, atribuindo a isso a derrota que sofreram. Para vencer esta luta, Maomé recebeu a revelação de Gabriel, dizendo que se eles morressem pela causa, estariam no céu com tudo, o verdadeiro paraíso.

O fortalecimento de Maomé, reforçado principalmente pela fidelidade de seus seguidores, levou os habitantes de Meca, os bérberes, várias tribos árabes e os judeus Quriza a se aliarem para atacar Medina. Embora a trincheira que protegia a cidade impedisse a penetração dos adversários, o povo faminto começou a murmurar e questionar Maomé, após duas semanas de cerco.

Pressionado, entrou em transe e foi aconselhado, por um persa chamado Salman, a executar um plano através do qual os povos aliados desconfiariam uns dos outros e passariam a brigar entre si. O plano chamou-se “Engano” e foi levado a efeito através de um judeu convertido ao islamismo, chamado Abu Nain, que se apresentou aos aliados como fugitivo e insuflou a desconfiança entre os líderes, que foram desistindo da batalha temendo um ataque.

Dois túmulos

Após isso, a oposição de Maomé concentrou-se sobre os judeus, que o haviam rejeitado como profeta. Os meninos foram escravizados; as meninas e as esposas foram tomadas para concubinas; enquanto os 800 homens, a partir dos 16 anos, foram decapitados. Seu terror espalhouse entre os árabes e outros povos. Tornou-se mais que um rei teocrático. Nesse momento eles pronunciaram Alá u Akbar (Deus é grande).

Maomé firmou um tratado com o povo de Meca, que durou 10 anos, inserindo no texto a inimizade com os judeus e os cristãos. Além disso, previa que aquelas pessoas teriam liberdade de se convertem ao islamismo, e os muçulmanos de Meca poderiam voltar e retomar suas propriedades. Porém, em 630 d.C., após uma disputa entre dois homens em Meca, Maomé teve a oportunidade de dizer que o tratado havia sido quebrado, alegando que o morto era muçulmano.

Marchou contra a cidade com 15 mil soldados, sendo recebido como profeta de Alá, em sinal de rendição. Ele entrou na cidade e quebrou os ídolos da antiga religião árabe, e lavou a cidade com águas do poço Zamzam. Os únicos mortos foram 20 pessoas que haviam estado com ele em Medina, estavam em Meca e foram decapitadas por não quererem mais ser muçulmanas. Depois voltou-se contra a cidade de Taif, que também se rendeu, consolidando ainda mais a expansão do seu império. Este fato é relatado como a saída de Meca para Medina e marca o início do calendário muçulmano.

Maomé morreu em Medina no ano 632. Ao lado de sua sepultura está a de dois líderes islâmicos, Abu Bakr e Omar, e outra vazia, que os muçulmanos prepararam para Jesus, pois ele irá voltar para redimir o povo, então será enterrado ali junto ao profeta Maomé.

A revelação do Alcorão ao profeta Maomé se deu durante 23 anos, mas não existem registros de como ele recebera todas essas revelações, só se sabe que teriam sido pelo anjo Gabriel. No curso desses 23 anos, Maomé mudou de opinião várias vezes, de forma que muita coisa considerada certa no começo, tornou-se errada no final, quando ele já se sentia seguro pelo controle absoluto que exercia, não apenas no islamismo, mas com efeitos sobre as outras religiões.

Fontes: Islamismo: O maior desafio em todo o mundo, de Rachid Abdalla (AD Santos Editora) Enciclopédia Wikipédia (http://pt.wikipedia.org) Estudo sobre islamismo – por Miriam Zanutti, deã do Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa/MG
10 de maio de 2011 1 comentários

Palavras Preciosas - Rádio Sudoeste FM

Tive o privilégio de gravar com meu pastor Sebastião Augusto, uma pequena participação no seu programa na Rádio Sudoeste FM (Região dos Lagos). Te convido a ouvir. Todos os dias, de segunda a sexta, às 12 horas (meio dia) na Rádio Sudoeste FM (96,9) programa Palavras Preciosas.

Acesse: http://www.radiosudoeste.com.br/ e ouça online!

Provavelmente, minha participação vai ao ar no dia 13/05 (sexta).


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Retiro dos Pastores Fluminenses 2011

Estive ausente do blog por alguns dias pois tive o privilégio de participar do Retiro dos Pastores Batistas Fluminense na semana passada. Foi maravilhoso ver Deus usando a vida dos preletores para trazer palavras


tão preciosas e edificantes.


Foram preletores: Pr. Paschoal Piragine Jr, Pr. Laurindo Gomes, Pr. Lécio Dornas e Pr. Éber Silva.






Infelizmente o Pr. Truman não pode estar presente, pois sua esposa está doente e carece das nossas orações!




Ainda, como se não bastasse tamanha bênção, tive a honra de conhecer os irmãos da Missão Batista Cristolândia, situada na Cracolândia em São Paulo. Um trabalho que começou apenas com um casal de missionários sonhadores e hoje conta com vários jovens completamente restaurados! Foi lindo vê-los cantando "Nada Além do Sangue" do Pr. Fernandinho (que também esteve por lá). Partilhamos uma alegria tremenda ao ver tantas vidas transformadas pelo poder do Evangelho do Senhor Jesus. Deus continue abençoando toda equipe de Missões Nacionais, e seu líder Pr. Fernando Brandão.




Foram dias de grande alegria, comunhão, e bênção!
 
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