Prosseguindo em conhecer a Deus! #VoltandoARotina
Na minha infância era comum desejar tudo que via pela frente. E a forma como fazia era peculiar. Sempre que passeava por algum shopping, quando meu pai passava em frente a uma loja de brinquedos a reação era a mesma: “Pai, eu quero!”, e ele respondia: “Depois, filho” retrucando eu dizia: “Eu quero agora!”. Até hoje rimos juntos quando nos lembramos disso.
Não é novidade pra nós que uma criança não sabe esperar. Dando seus primeiros passos, uma criancinha não tem noção de que existe tempo certo pra tudo, e que pra se conseguir o que quer nem sempre a solução é chorar ou fazer “birra”.
Hoje mesmo estava pensando sobre o comportamento infantil e a realidade da igreja evangélica no Brasil. Chequei a conclusões interessantes e gostaria de compartilhar com vocês, leitores do blog.
O dicionário define a palavra espera como sendo: “Ter esperança em, estar à espera de; Aguardar; Estar na expectativa...”. Como uma criança pode entender isso? É impossível! Ela acredita que com a força de seu choro conseguirá o que deseja. Para uma criança é difícil entender que é necessário esperar o final do mês chegar para que o papai tenha dinheiro. Ainda mais quando se trata das crianças que estão vivendo sua infância nesta era onde tudo acontece rápido demais, onde a velocidade da informação está a um “clique”.
Muitos cristãos tem se comportado da mesma forma. Não conseguem esperar. Vivem uma vida cristã medíocre e infantil. Acham que Deus é um “gênio da lâmpada” e vai realizar todos os seus desejos! Alimentam uma visão infantilizada da fé. Criança não sabe esperar.
É necessário ser maduro para poder declarar como o salmista: “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” (Salmo 40.1). Uma criança não consegue viver isso. Esta visão infantilizada da fé, é o que tem levado alguns líderes a orar a Deus ditando ordens ao Todo Poderoso...como uma criança o faz com seu pai quando não consegue o que quer. Estes, na verdade, se comportam como crianças ‘birrentas’. Acreditam que irão conseguir o que querem no grito, no “eu determino em nome de Jesus”.
A vida adulta é difícil, exige trabalho, dedicação, responsabilidade. E é necessário que cresçamos! Caso contrário, seremos como ‘raquíticos’. Que horrível é imaginar alguém como o Benjamim Button (que em corpo de bebê era idoso).
Esta visão infantilizada da fé tem levado muitos a crer em falsas doutrinas aberrantes. O desejo de ter o que quer de forma imediata, tem levado o povo ao encontro dos mercadores da fé. Porque não usar o ‘lencinho’? o óleo? É só usar que tudo será resolvido imediatamente. É milagre! Será mesmo?!
Hoje se falamos em algum irmão que ora há anos por algo que ainda não alcançou, a conclusão que se chegará é que este não tem fé e com certeza tá cheio e pendências com Deus. E onde está a graça? Pergunto.
A inconsciência da criança é o prato preferido desses lobos. Pra que pensar? Melhor dizer que tudo que não entendemos “é mistério”. É bem melhor assim, dá menos trabalho e simplifica tudo. Mas, a Bíblia nos diz algo diferente...
“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” (I Coríntios 13.11)
É chegada a hora de deixarmos pra trás as ‘coisas de menino’.
Crescer é necessário! Pensar é necessário. Questionar também é necessário. Ter consciência também é!
Pensar a fé não é pecado! Como disse John Stott: “Crer é também pensar.”
Cresça e apareça!
Pr. Ciro Mendes Freitas
CRISTO DENTRO
"Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: Aqui está ele, ou Lá estáporque o Reino de Deus está dentro em nós." (Lucas 17: 20 e 21).
Muitos em nossos dias desejam saber: Quando virá o Reino de Deus? E esta era a preocupação dos fariseus – Grupo religioso legalista --.
Os Fariseus foram de todos os religiosos da época de Jesus, os que mais prejudicaram a implantação do Reino de Deus neste mundo. O Senhor Jesus chamou-os de "Sepulcros Caiados", porque exigiam demasiadamente das pessoas ou seguidores de suas filosofias, mas não vivenciavam aquilo que ensinava ou pregava. Jesus os tratou com dureza, veja: "Ai de vocês, Mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo o tipo de imundície. Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade." (Mateus 23: 27 e 28).
Quando Cristo está dentro de nossos corações e vidas há sensibilidade espiritual, há compreensão sobre os conselhos bons de Deus, há paz interior e harmonia no lar, há entrega espontânea de nossas vidas a Deus. O Reino de Deus não é filosófico, não é material, não é um assentimento intelectual, mas uma transformação divina dentro de nós, que nos equilibra e nos faz melhores. O Senhor Jesus Cristo no seu convite mais especial declara: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." (Mat. 11:28).
Os que se aproximam do Senhor Jesus exaustos desta vida de Cristo fora, atribulados e desequilibrados, encontram no Salvador Eterno a libertação e o equilíbrio estabelecido, pela Paz que liberta; Cristo dentro. O Senhor Jesus é o Príncipe da paz, não a paz que este mundo dá, mas da paz que liberta e dá novo sentido ao nosso viver.
Cristo dentro faz a grande diferença entre a religiosidade, a filosofia religiosa, o legalismo, o fanatismo e a busca de outros caminhos. Quando recebemos o Senhor Jesus em nossos corações, somos transformados e feitos filhos de Deus e a comunhão com o Pai Eterno se restabelece. Veja o que informa o Evangelho: "Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus." (João 1: 11 e 12).
Cristo dentro nos religa com Deus em comunhão, mesmo debaixo da condenação estabelecida, e nos faz pertencer à família divina, para vivermos debaixo da Graça Salvadora de Cristo. Muitos crêem em Cristo intelectualmente, frequentam igrejas, ensinam e formam seguidores, mas o Senhor Jesus está do lado de fora de seus corações e mentes, por isso o crescimento da violência, da corrupção e da maldade humana.
Faça uma reflexão sincera e, se for o caso, entronize o Senhor Jesus em seu coração e em sua vida, você experimentará a transformação proposta por este Cristo dentro e no controle total de sua vida. Amém!
Pr. Sebastião Augusto da Silva.
Titular da Segunda Igreja Batista em Búzios (RJ) e Missionário Mobilizador da Junta de Missões Mundiais.
Quem é o seu próximo?
“E quem é o meu próximo?” (Lucas 10.29)
Com desejo de provar os conhecimentos de Jesus, um perito na lei levanta o seguinte questionamento: “Mestre, o que preciso para herdar a vida eterna?”. Cheio de grande sabedoria, Jesus lhe responde com outra pergunta: “O que está escrito na Lei? Como você a vê?”. Logo em seguida, ele disse a Jesus: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento e ame o seu próximo como a si mesmo” e Jesus mais uma vez lhe disse: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.
Entretanto, querendo justificar-se o perito na lei faz uma nova pergunta: “E quem é o meu próximo?”. A resposta à primeira pergunta obviamente ele já sabia, de modo que, para obter credibilidade, pediu uma interpretação. É como se dissesse: “Mas a verdadeira dúvida é: ‘Quem é o meu próximo? ’”.
Todo dia ao ligarmos a TV ou lermos o folhetim diário, observamos a grande quantidade de tragédias que tem acontecido em nossa região e no Brasil de um modo geral. E é interessante como a grande quantidade de notícias trágicas, como o passar do tempo, anestesiam as pessoas. Enquanto começa a reportagem sobre o edifício que caiu no Rio de Janeiro e matou aproximadamente 20 pessoas, curiosos ouvimos a reportagem e logo após saímos para ‘viver a vida’ como se nada tivesse acontecido.
Pensamos muito em nós mesmos. Nos nossos problemas, nas nossas contas pra pagar, na educação dos nossos filhos e por aí vai. Talvez tenhamos, de fato, esta dúvida: “quem é o meu próximo?”.
Quando Jesus nos ensina a amar o próximo como amamos a nós mesmos, Ele está dizendo que assim como amo a minha vida e me importo com ela, eu preciso amar o meu próximo e me importar com ele. Mas esta realidade está um pouco distante de nós. Infelizmente.
O que vale hoje é o EU. O que EU tenho. O que EU quero. O MEU carro. A MINHA casa. A MINHA família. E o nosso próximo? Porque nossos olhos estão fechados a ponto de não conseguirmos enxerga-lo? Por quê?
Em meio a uma sociedade capitalista, onde ganha quem é melhor, onde a competição é ferrenha e o valor das pessoas está no ‘ter’ e não no ‘ser’, parece ser comum para o homem pensar em si mesmo. Mas e Deus? Será que também está de olho nos melhores, como as grandes empresas?! NÃO! Somos todos iguais diante do Senhor!
Não permita que o egoísmo encontre lugar no seu coração.
O que você é capaz de fazer por você? Da mesma forma, faça pelo seu próximo!
Deus abençoe sua vida.
Seu amigo,
Pr. Ciro Mendes Freitas