18 de maio de 2011

História da Formação do Islamismo #Missões001

Esta semana, postarei alguns artigos interessantes para celebrarmos o encerramento da Campanha de Missões Mundiais neste ano de 2011.
Este, "História da Formação do Islamismo", foi extraído do site oficial da campanha.

Porque ELES TAMBÉM PRECISAM DA GRAÇA DO PAI!


História da formação do Islamismo

Não é possível separar o islamismo do seu fundador, Maomé.Por isso, para conhecer melhor o contexto histórico inicial da formação e pensamentos da religião islâmica, é preciso remontar ao nascimento e a vida de seu maior ícone e profeta.

Maomé, ou Mohammed, como preferem chamar os muçulmanos, nasceu em 570 d.C., em Meca, na Arábia Saudita. Seu nome significa “o que é louvado”. Seu pai, Abdula, era comerciante e morreu em uma viagem de negócios, durante a gravidez de sua esposa, Amina. Como Maomé não conheceu seu pai biológico, foi criado por seu avô paterno, conforme tradição das tribos árabes, também chamado Abdula. Porém, aos seis anos de idade perde sua mãe, e dois anos depois seu avô paterno. Com isso, um tio de nome Abutalib, um homem muito pobre e com muitos filhos, o recolhe para criá-lo. Aos 12 anos já trabalhava como pastor e sua infância foi miserável. Sentia-se amaldiçoado pelos deuses que tanto idolatrava. Desde cedo, Maomé fazia muitos questionamentos sobre religião e fé.

Todos os anos, após atingir a maioridade, participava da Feira de Suque Ukaz, evento importante para as tribos árabes e que era marcado por um período de longo jejum (especula-se que este seja os primórdios do Ramadã). Durante cerca de três meses era estipulado um pacto de não-agressão entre as tribos, possibilitando as viagens das caravanas de comércio. Era comum ver Maomé, então com 24 anos, expor as diversas doutrinas religiosas dos árabes nas reuniões, além de citar trechos da fé cristã e do judaísmo. Era muito inteligente, meditador, possuidor de uma boa memória e orador nato. Conseguiu um emprego de mercador com uma viúva rica, chamada Khadija, que se tornou sua esposa. O casamento foi um escândalo pra época devido à diferença de 16 anos entre eles.

As revelações de Maomé

As primeiras revelações que Maomé teve aconteceram no ano 610 d.C.. Maomé, então com 40 anos, e incentivado principalmente por sua esposa, meditava diariamente nas cavernas do Monte Hira, em Meca. Subitamente ouviu uma voz, de um anjo que identificou-se como Gabriel, ordenando-lhe copiar a revelação vinda da parte de Alá (termo árabe para Deus). Atônito com a visão que acabara de ter, imaginando ter sido de um espírito maligno, fugiu. Ao regressar para casa, contou o ocorrido à esposa, que o acolheu como um profeta.

Parte da família de Khadija era composta de judeus e cristãos. Ela procurou um velho tio, com mais de 80 anos e praticamente cego, chamado Waraq Ibn Nawfal. Aquele homem era um líder cristão na tribo em que viviam e havia traduzido para o árabe algumas partes do Novo Testamento. Ao ouvir o relato de Khadija sobre a visão de seu marido, Waraq entendeu que Maomé provavelmente estava recebendo a mesma comissão de Moisés e Jesus.

Ao voltar para casa, pronta para contar o que ouviu do tio, encontrou seu marido recitando trechos que enalteciam a Alá, e ela o declarou profeta e a si mesma como sua primeira discípula. Logo após este episódio, outros transes aconteceram e Maomé viu-se pressionado por Khadija, a quem queria muito agradar. Tal pressão levou-o a tentar o suicídio, mas não o consumou, pois teve um novo transe, durante o qual recebeu outro texto em revelação. Este evento foi determinante e fez com que Khadija dedicasse todos os seus bens à nova religião.

Ele começou pregando em secreto e sua mensagem era simples, consistindo na proclamação de um só deus e de si próprio como seu último profeta; anunciava a justiça de Alá e apresentava o Alcorão como um milagre, em resposta à exigência do povo por sinais. Formou uma comunidade que foi crescendo a cada dia, e que, por seguirem seus ensinamentos monoteístas, foram perseguidos e orientados a se exilarem na Abissínia, cujo governador era um cristão. Ao condenar os ídolos das tribos árabes à época, Maomé não apenas contrariou interesses religiosos, mas também econômicos. Os líderes tribais fizeram-lhe várias ofertas para que, em sua proposta, Alá aceitasse a intercessão daqueles deuses. Entretanto, ao consultar Gabriel, Maomé ouviu que os deuses eram manifestações satânicas e que não havia possibilidade de unir tais crenças – o que gerou os primeiros conflitos com o povo de Meca.

O islã se expande

Com o problema em Meca, inclusive com sua morte sendo planejada, Maomé parte em peregrinação pelo deserto. Aos 53 anos, sua esposa morre e ele se casa com Aisha, uma criança de 6 anos. Porém, o casamento só poderia ser consumado três anos depois. Também casou-se com Saida, viúva de um seguidor. No total, Maomé possuiu nove mulheres, mas nenhuma delas lhe deu um filho, apenas filhas. Sua descendência propagou-se através de Fátima, filha que teve com Khadija. Esta casou-se com Ali, seu primo e teve 2 filhos: Hassan e Hussein.

Sentindo-se desamparado pela morte da esposa, Maomé fugiu, juntamente com os demais seguidores, chamados de muçulmanos, para a cidade de Yathrib, à qual deu o nome de Medina, ou “a cidade do Profeta”. Naquela cidade ele firmou o Pacto de Ákaba, com 72 homens e três mulheres, e nomeou 12 líderes dentre tribos, dos quais Maomé exigiu uma fidelidade absoluta, que ultrapassava a cultivada fidelidade tribal e familiar, vindo a tornar-se um forte líder político-religioso e legislador.

Tentando tornar-se simpático aos judeus da cidade, visando atraí-los a si, ficou cerca de 17 a 19 meses orando voltado para Jerusalém, introduziu o jejum do Dia da Expiação e envolveu Abraão em sua religião, mas não foi aceito como profeta. Por isso, elaborou a Constituição de Medina, que ainda é respeitada, reconhecendo todos livres, mas apenas para que os judeus e cristãos assim permanecessem, proibindo a conversão de muçulmanos, e declarou o povo de Meca como inimigos. Desde então, a liberdade religiosa do islamismo é um sistema de mão única.

Com seu poder político aumentando, Maomé ordenou o saque às caravanas e que eram feitos mesmo nos meses de paz, equivalendo a uma declaração de guerra contra Meca. O líder de uma das caravanas que seria saqueada, pressentindo o ataque, pediu ajuda a Meca, que enviou reforços. No entanto, para estimular seus seguidores, Maomé disse que recebera uma revelação afirmando que a guerra era de Alá, o qual compensaria àqueles que dela participassem, e, de forma especial, principalmente os que nela morressem. O prêmio seria um lugar especial no paraíso, com comidas, mulheres virgens (e que assim permanecerão) com cabelos longos até os joelhos e cílios longuíssimos, além de rios de mel, águas vivas, leite, qualquer tipo de fruta ou carne etc.

A tomada de Meca

E foi assim que os 300 seguidores de Maomé conseguiram vencer os 1.000 homens de Meca na Batalha de Badr (março de 624 d.C.), embora na seguinte, a Batalha de Khandaq, em março de 625, eles tenham sido parcialmente derrotados. Maomé, que foi ferido na luta, acusou seus seguidores de infidelidade a Alá, atribuindo a isso a derrota que sofreram. Para vencer esta luta, Maomé recebeu a revelação de Gabriel, dizendo que se eles morressem pela causa, estariam no céu com tudo, o verdadeiro paraíso.

O fortalecimento de Maomé, reforçado principalmente pela fidelidade de seus seguidores, levou os habitantes de Meca, os bérberes, várias tribos árabes e os judeus Quriza a se aliarem para atacar Medina. Embora a trincheira que protegia a cidade impedisse a penetração dos adversários, o povo faminto começou a murmurar e questionar Maomé, após duas semanas de cerco.

Pressionado, entrou em transe e foi aconselhado, por um persa chamado Salman, a executar um plano através do qual os povos aliados desconfiariam uns dos outros e passariam a brigar entre si. O plano chamou-se “Engano” e foi levado a efeito através de um judeu convertido ao islamismo, chamado Abu Nain, que se apresentou aos aliados como fugitivo e insuflou a desconfiança entre os líderes, que foram desistindo da batalha temendo um ataque.

Dois túmulos

Após isso, a oposição de Maomé concentrou-se sobre os judeus, que o haviam rejeitado como profeta. Os meninos foram escravizados; as meninas e as esposas foram tomadas para concubinas; enquanto os 800 homens, a partir dos 16 anos, foram decapitados. Seu terror espalhouse entre os árabes e outros povos. Tornou-se mais que um rei teocrático. Nesse momento eles pronunciaram Alá u Akbar (Deus é grande).

Maomé firmou um tratado com o povo de Meca, que durou 10 anos, inserindo no texto a inimizade com os judeus e os cristãos. Além disso, previa que aquelas pessoas teriam liberdade de se convertem ao islamismo, e os muçulmanos de Meca poderiam voltar e retomar suas propriedades. Porém, em 630 d.C., após uma disputa entre dois homens em Meca, Maomé teve a oportunidade de dizer que o tratado havia sido quebrado, alegando que o morto era muçulmano.

Marchou contra a cidade com 15 mil soldados, sendo recebido como profeta de Alá, em sinal de rendição. Ele entrou na cidade e quebrou os ídolos da antiga religião árabe, e lavou a cidade com águas do poço Zamzam. Os únicos mortos foram 20 pessoas que haviam estado com ele em Medina, estavam em Meca e foram decapitadas por não quererem mais ser muçulmanas. Depois voltou-se contra a cidade de Taif, que também se rendeu, consolidando ainda mais a expansão do seu império. Este fato é relatado como a saída de Meca para Medina e marca o início do calendário muçulmano.

Maomé morreu em Medina no ano 632. Ao lado de sua sepultura está a de dois líderes islâmicos, Abu Bakr e Omar, e outra vazia, que os muçulmanos prepararam para Jesus, pois ele irá voltar para redimir o povo, então será enterrado ali junto ao profeta Maomé.

A revelação do Alcorão ao profeta Maomé se deu durante 23 anos, mas não existem registros de como ele recebera todas essas revelações, só se sabe que teriam sido pelo anjo Gabriel. No curso desses 23 anos, Maomé mudou de opinião várias vezes, de forma que muita coisa considerada certa no começo, tornou-se errada no final, quando ele já se sentia seguro pelo controle absoluto que exercia, não apenas no islamismo, mas com efeitos sobre as outras religiões.

Fontes: Islamismo: O maior desafio em todo o mundo, de Rachid Abdalla (AD Santos Editora) Enciclopédia Wikipédia (http://pt.wikipedia.org) Estudo sobre islamismo – por Miriam Zanutti, deã do Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa/MG

2 comentários:

Anônimo disse...

não estou achando o que eu quero

Anônimo disse...

vitoriaq reamos rjc gsdm.

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