11 de fevereiro de 2013

A Renúncia do Infalível

 
A Igreja Católica Apostólica Romana amanhece triste nesta segunda-feira (11/02). O motivo: o pronunciamento do papa Bento XVI anunciando sua renúncia (que ocorrerá no dia 28 de Fevereiro). Muitos acreditam na "infalibilidade papal" e professam que o papa (substituto do Apóstolo Pedro, segundo os católicos), ainda sendo homem, é infalível e santo.

Em toda a história, a última ocasião em que um papa renunciou data de 1415, onde o Papa Gregório XII anunciou a saída do cargo para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé.

Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, conhecido por sua rigidez moral enfrentou grandes embates nestes 8 anos de pontificado. Ao assumir, em 2005, tinha a difícil missão de substituir o carismático papa João Paulo II. Entretanto, as crises desgastam até mesmo o "infalível".

Segundo o site de notícias G1: "O papado do conservador alemão foi marcado por algumas crises, com várias denúncias de abuso sexual de crianças e adolescentes e acobertamento por parte do clero católico em vários países, que abalou a igreja, por um discurso que desagradou muçulmanos e também por um escândalo envolvendo o vazamento de documentos privados através de seu mordomo pessoal, o chamado "VatiLeaks", que revelou os bastidores da luta interna pelo poder na Santa Sé. Os escândalos de pedofilia o levaram, em várias ocasiões, a expressar um perdão público às vítimas desses crimes e a reconhecer, durante sua viagem a Portugal, em maio de 2010, que a maior perseguição que sofria a Igreja não vinha de seus "inimigos externos" e sim de seus "próprios pecados". Na ocasião, ele prometeu que os culpados responderiam "ante Deus e a justiça ordinária" pelos crimes."

O anúncio da renuncia para alguns é considerado um ato de coragem, para outros uma declaração expressa de covardia. Os que acreditam ser um ato corajoso, consideram o fato de que um homem com 85 anos, cansado e abatido pelas dificuldades enfrentadas como bispo de Roma nestes últimos anos, deseja descansar e diminuir o seu ritmo de vida. Já os que crêem ser um ato covarde, se frustram por verem um de seus princípios caírem ao chão: "a infalibilidade papal".

Enfim, o papa é homem! Que se cansa, erra, acerta, e "pendura a chuteira".
A ideia de trata-lo como infalível e santo homem é pagã e não condiz com as Escrituras Sagradas. Infalível só existe um: JESUS CRISTO. O próprio Pedro falhou e muito, conforme vemos nos Evangelhos.

Com a renúncia do papa, vejo que um novo momento surgir para a Igreja Católica. Ainda que seja escolhido um papa bem jovem, o risco é grande do mesmo ocorrer...pois "o infalível" também "pede pra sair".

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