4 de abril de 2010

A Verdadeira Páscoa

PÁSCOA: A primeira das três festas anuais em que todos os homens tinha obrigação de comparecer no Santuário (Êxodo 23:14-17). O substantivo "pesah" é derivado do verbo "pasah", "passar por cima", no sentido de "poupar" (Êxodo 12:12-13). A páscoa histórica relaciona-se com a décima praga (a morte dos primogênitos do Egito). Israel recebeu a ordem de preparar um cordeiro para cada lar. O sangue devia ser aplicado na verga e nas ombreiras das portas (Êxodo 12:7). O sinal do sangue garatiria a segurança de cada casa assim indicada. No entardecer do dia 14 de Nisã (Abibe), os cordeiros da páscoa eram mortos e depois assados. Eram comidos com pães asmos e ervas amargas (Êxodo 12:8), enfatizando a necessidade de uma saída apressada e relembrando a amarga escravidão no Egito (Deuteronômio 16:3). A páscoa era uma observância familiar. No caso de famílias pequenas, os vizinhos podiam ser convidados para compartilharem da refeição pascal. A observância da páscoa era frequentemente negligenciada nos tempos do Antigo Testamento. Depois do Sinai (Números 9:1-14) nenhuma ocorreu, a não ser depois da entrada em Canaã (Josué 5:10). Os reis reformadores Ezequias (2 Crônicas 30) e Josias (2 Reis 23:21-23; 2 Crônicas 35) deram atenção a observância da páscoa. Depois da dedicação do segundo templo, foi celebrada a páscoa notável (Esdras 6:19-22). A morte de Cristo na época da páscoa era considerada significativa pela igreja primitiva. Paulo chama Cristo de "nossa páscoa" (1 Coríntios 5:7). A ordem de não se quebrar nenhum osso do cordeiro de páscoa (Êxodo 12:46) é aplicada por João à morte de Cristo "nenhum dos seus ossos será quebrado" (João 19:36). O cristão deve lançar fora o "velho fermento" da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele "os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:8). Nos últimos anos, a preocupação com a unidade cristã tem levado a propostas em favor de uma data fixa universal, tal como o segundo domingo em abril. Tal decisão, por sua vez, possibilitaria a criação de uma liturgia mundial uniforme. Sendo assim, a festa única foi dividida em várias partes e a ressureição veio a ser celebrada separadamente na manhã do domingo de páscoa, enquanto a estação pascal estendia-se por mais quarenta ou cinquenta dias. Ao longo dos séculos, tem sido acrescentado muitos costumes populares (ovos e coelhos de páscoa) que refletem o folclore pagão bem como tradições judaicas e cristãs antigas.
O texto acima foi retirado do boletim semanal da 1ª Igreja Batista de Morro do Coco.

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