22 de setembro de 2012

Pr. Fanini e Pr. Belardim se encontram no céu - via Blog do Pr. Neemias Lima

Pr. Fanini e Pr. Belardim se encontram no céu





       
Esqueça um pouco a teologia e navegue nas águas da imaginação. Admita que pudesse ser assim. Com temor a Deus e respeito às personagens.

Pr. Fanini passeia alegremente nas ruas de ouro celestiais. Medita e relembra experiências inefáveis com o Senhor Deus enquanto cumpria seu ministério. Seus lábios cantam, consegue-se perceber que a melodia é do hino “Tal qual estou” e sua mão direita erguida.

De repente, percebe que caminha em sua direção, ainda não acostumado com as novidades dali, Belardim. Com o sorriso que lhe era peculiar, Fanini brada: “Belardim, você já chegou por aqui?”. Um pastor africano, que conhecera o pr. Fanini em cruzadas na sua terra, olha, mas, indiferente, segue sua caminhada. Não conhecia o Belardim, efusivamente saudado pelo evangelista.

Começa um diálogo:

“Acabei de chegar e ainda não conheço nada aqui, mas que felicidade nunca vista, Fanini!”, responde pr. Belardim.

“Ah, Belardim, nós vivemos bem na terra, procuramos fazer o melhor, tentamos cumprir o nosso ministério com honradez, mas só mesmo a graça de Deus para nos oferecer isso aqui. E quero te contar um segredo: preguei muito sobre a graça de Deus, mas, nem de longe, imaginava que seria assim”.

“Estou percebendo isso e aquele texto de Paulo ‘as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam’ está se cumprindo pra mim agora”, continuou Belardim.

Fanini cochicha: “Ih, você não viu nada! Encontrei com Soren e ele me disse que eu não vi nada ainda... e ainda me disse que seu pai, o Francisco, disse pra ele que ele não tinha visto nada! Belardim, o céu é... é o céu! Olha, cheguei a ver Paulo, meio de longe (parece que ele fica num céu mais acima), tentei me aproximar, mas ele estava ocupado, disse que Pedro fica no pé dele querendo saber sobre textos difíceis de entender. Um irmão da Inglaterra, que conheci aqui, me disse que Spurgeon disse pra ele que Paulo lhe confidenciara que nem ele mesmo sabia, está esperando uma conversa com o próprio Jesus”. E provoca Fanini: “Belardim, me conte, como estão as coisas no Brasil, como está a nossa Convenção?”.

Belardim abaixa a cabeça... “Fanini... as coisas no Brasil... a Convenção... estão bem, todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, mas...”.

“Mas, e os batistas brasileiros, estão evangelizando?”, quer saber Fanini.

“Fanini, nem te conto! Aí, sim, estão bombando...”.

“Estão o quê”, surpreendeu-se Fanini.

“Uh!, desculpe Fanini, é uma gíria que os pregadores estão usando lá, eu acabei aprendendo com os pastores mais jovens. Significa que estão a todo vapor”.

“Sério?!”, deu um pulo Fanini e completou: “Glória a Deus! É o que eu sempre desejei, minha pátria para Cristo”.

Continua Belardim: “Apareceu um tal de Fernando...”. “O Collor?”, interrompe Fanini. “Não, tá maluco, Fanini, é Brandão, Fernando Brandão. Assumiu a Junta de Missões Nacionais e a coisa tá bomban... está a todo vapor”.

“Fernando... Brandão... Fernando Brandão, sim, eu o conheci, a primeira assembleia da Convenção Batista Fluminense que ele falou foi em Cabo Frio, eu fiquei impressionado. Depois, tivemos alguns encontros, mas não pude apoiá-lo muito, eu já estava com minhas malas prontas”, lembrou Fanini.

“Pois é, Fanini, o homem parece motorizado, não aqueles carros fracos, mas aqueles Mercedes. A cada dia, é uma visão maior que a anterior, este ano as Trans transformaram-se em Mega-Trans, o Brasil todo evangelizado, e ainda uma ideia de Cristolândia que está fazendo um verdadeiro sequestro no inferno, e pelo jeito não vai parar”, informa Belardim. E emendou: “Agora, temos as duas juntas, JMM e JMN, a todo vapor, unidas, tá linda a coisa”.  

“Ah, que notícia boa! Sempre desejei ver a Junta de Missões Nacionais cumprindo sua missão, pregando o evangelho...”.

“Fanini, aquele ali embaixo é Tymchack?”, quer saber Belardim.

“Sim, ficamos batendo longos papos. Há poucos dias, estávamos nós, aí chegou Rubem Lopes, depois Mauro Israel, depois o Macalão, depois o João Teixeira de Lima, depois o Sebastião Peixoto da Silva, o Valdomiro Mota, ah, e também o Reis Pereira, aí foi uma aula daquelas, fizemos uma roda e o papo rolou...”.

“O papo o quê, Fanini?”, quis saber Belardim. “Ô, Belardim, desculpe-me, foi o Xavier que me impôs esse jargão... rolar é que ficamos muito tempo falando de coisas boas”.

“Mas, Fanini, eu tenho algo pra te contar...”, cochicha Belardim.

“Conta, o soldado raso aqui está pronto”, brinca Fanini.

Belardim dá aquele seu sorriso, aquele meio de canto de boca, bate no ombro de Fanini, deixa seu braço descansar em seus ombros e começa a contar...

Uma multidão, num lindo coral com vestes brancas, vozes afinadíssimas, interrompe o papo, misturam-se todos e cada um vai para um canto e é possível que voltem a se encontrar em milhares de anos.

Aí os assuntos serão outros...  

*Pastor da Igreja Batista do Braga, Cabo Frio

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